quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu...Balzaquiana!


Alguém me disse esses dias:"Uma mulher de 30 vive uma fase de transição, nem mulher, nem menina, com elementos da sonhadora dos 20 e a madura de 30".
Definição perfeita!!!!
Sou balzaquiana.Tenho 30 anos.
Diferente da maioria das mulheres, eu não escondo, não fico vermelha quando alguém pergunta minha idade.Pelo contrário, me sinto plena.

Sou plena, estou plena.
Minha pele é quente, minha imaginação é fértil, minhas vontades ousadas.
É engraçado...Quando temos 10 anos, nos imaginamos aos 15, quando chegamos aos 20 imaginamos que aos 30 já estaremos com nossa vida feita, realizada em todos os setores, as pessoas mais maduras e confiantes do mundo.Nem sempre é assim.
E no meu caso, nossa!! Quanta coisa aconteceu desde os 20...

Universidade, liberdade, independência, ter a profissão que sempre quis, jornalismo.O pátio da faculdade de comunicação, tantas caras, tantas histórias, amizades construídas.Meu primeiro porre, as lágrimas derramadas no ombro de uma amiga por alguém que já naquela época eu jurava ser "perfeito", "prá sempre"...agente jura fácil né?
Minha primeira tatuagem( e única), até agora...
Emprego, contas, responsabilidades.Morar sozinha.Mudança de cidade, volta.

Um casamento.Um filha. Uma separação. Uma vida!
E hoje, balzaquiana, mãe, mulher, menina. Ando sempre no limiar entre a realidade e o sonho.
A mesma Annie, a mesma Katharine, a mesma Annie Katharine. A alma continua intacta, apesar de...e sempre!Absorvo...e no final minha alma fica com o aspecto de uma armadura feita de retalhos coloridos.Pedaços de cada experiência vivida.
"Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone.." Canta Adriana Calcanhoto. É isso mesmo.Me pego rindo e chorando por motivos da menina Annie de 10 anos atrás.Mas, ao mesmo tempo assumo a postura de dona da minha vida, autora da minha história, responsável pelos próximos atos.
Hoje quero lapidar minha preciosidade.Afastar o nocivo.Planejar meus dias.
Ser a melhor mãe do mundo.
Talvez, seja necessário adormecer a menina que tanto pede colo e proteção..Que às vezes acorda demadrugada com medo, e sempre que isso acontece é a balzaquiana que amanhece. Tenho profundo orgulho em fazer minha história e apesar dos pesares...
Vale à pena ter 30 anos.

Vale à pena ser Annie.

Vale à pena ter uma louca, real e profunda VIDA.

4 comentários:

Claudia Cavalcante disse...

Simplesmente, AMEI!!!! Vc conseguiu se definir divinamente, amiga!!! Uma menina-mulher-LUZ!!!

Bjão

flavia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
flavia disse...

Caramba, o que eu posso dizer depois disso?? Claro: Inteligência! Inteligência sensível, criativa e perspicaz!
Amei o texto!
Parabéns!

Beijão, garotinha balzaquiana!

Juliana Holanda disse...

Também sou balzaquiana...são tantas as dúvidas...mas igualmente são tantas as belezas!