quarta-feira, 17 de dezembro de 2008


Aquele cheiro som imagem do teu corpo incendeia
E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia
Na veia amor, na veia.
É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia
Clareia mais forte que o sol.
(cordel do fogo encantado)

São 03:23hr, eu sei, eu deveria está dormindo, mas não estou.
E depois de bom período
sem inspiração, cá estou eu.POr um motivo nobre.Escrever sobre a saudade.
De acordo com o dicionário Aurélio, saudade significa: “Lembrança nostálgica
e ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do
desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia”.
“Pesar pela ausência de alguém que nos é querido”.
Na gramática, é um substantivo abstrato. Na prática é concreto.Ou seja tudo isso p
dizer que a minha saudade é real e me faz ver além do possível.
Estou a uns dias particularmente saudosa de dias não vividos.Estranho?É...mas é
extamente assim.
Saudade de um cheiro,de um som, de um toque, ainda não vivido, mas possível.
Possível porque me arrebata.E pela lei do universo tudo que se quer muito, acontece,
para o bem ou para o mal, mas acontece.
Sensações de certo ou errado não existem mais, apenas, sensações, leveza...
Não importa se é uma vontade fora dos padrões.Para que padrão no "louco" desejo de
querer aquilo que preenche o que faltava?
Quero amar...
E ser amada, descoberta, traduzida, vencida, preenchida e escolhida.
Tenho saudade de ti.
Sim você, sabes que é contigo.Um cavaleiro andante de terras longicuas.De castelos
encantados e histórias de princesas.
É bom sentir novamente.
Inevitável.
Amar...(o que os olhos não vêem mais o coração e todos os órgãos,rs, sentem)

terça-feira, 25 de novembro de 2008




"Só quero manter minha cabeça levantada,não me importei com o que tenho que ultrapassar.
Estou preparado pra te olhar nos olhos.
Me olhe nos olhos.
E se você não ver familiaridade
Então celebre a contradição
Quando eu cair, me ajude a
Andar sem medo
Segure meu amor ou me deixe "alto"..."

REM

domingo, 16 de novembro de 2008


Mas do que olhar, importa reparar no outro.Só dessa forma o homem se humaniza novamente.Foi isso o que de primordial ficou em mim depois de assistir ao filme Ensaio sobre a Cegueira do diretor brasileiro Fernando Meirelles que adpatou com maestria o livro com o mesmo nome do escritor português José Saramago.
Começar a semana com uma visão tão clara e lúcida do que se esconde das vistas cotidianas...A fragilidade do ser humano diante da limitação.Não existem vilões, existe o ser humano, o que tem de mais forte e frágil dentro dele é colocado para fora...Sobreviver,co-existir dentro de um mundo paralelo.
Tudo no filme é demasiado humano. Cenas fortes. A sala de cinema escura, em silêncio, tenho a impressão que durante a execução do filme, não nos sentimos como meros expectadores, e sim olhos e ouvidos da mesma essência dqueles mostrados no filme.
Fico cá comigo pensando em como nos sintonizamos a alguém pelos olhos, pelas sensações externas que nos levam a "conhecer" e gostar de alguém.
Saramago relata situações em que é preciso mais do que olhar p alguém...É preciso reparar no que os olhos não podêm ver, a beleza do que se é transmitido.Não é clichê. É real.
Recomendo ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA para ser visto, lido e sentido.
A arte pode nos apontar uma resposta para desvendarmos nós mesmos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008


" .. Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais... Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?

Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.

Nossa insanidade tem nome: chama-se vontade Vontade de Viver até a Última gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra."

Trecho da crônica "Doidas e Santas" - da sempre e sempre incrível MARTHA MEDEIROS.

domingo, 12 de outubro de 2008


'Eu desperto, e digo sim. E tudo recomeça.'
Segunda carta para além dos muros; Caio Fernando Abreu
Incrível. Não sei por que reclamamos tanto do que já foi e não é mais, do que costumávamos sentir e já não sentimos, das músicas que costumávamos ouvir e agora não servem nem para fazer lista... Não sei por que perdemos tempo lamentando sobre aquilo que não deu certo, aquilo que não foi para a frente, e aquilo que foi para frente e ainda tropeçou numa pedrinha. Não sei por que manifestamos descontentamento com o que passou - como se houvesse alguma obrigação para que as coisas [e as pessoas] sejam de um jeito ou de outro. É como se não houvesse algo a ser seguido e, mesmo assim, usualmente, tentamos modificar a situação causando uma desordem interna. E tudo, e tudo, e tudo assim é assim. Questão de escolha.
Quem diria que as coisas (re)começariam assim?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Afrouxem os laços...os fortes não se rompem.


Por favor, não me esperem...
Aliás não esperem por ninguém nessa vida...
Não preciso está ao alcançe dos olhos...
Não sigo um padrão.
Não quero dizer com isso que sou a "anormal", a "louca".Não, sou bem normal ou não, dentro da realidade do que sou, meu jeito.
Meu jeito é esse:Sempre que você precisar de mim, estarei a postos, mas, não espere que eu te diga todos os dias que você é linda(o) , maravilhosa(o), amiga(o) e companheira(o).
Eu sigo meu ritmo, preciso do meu espaço.
O caminho segue...As pessoas também.
Eu quero e preciso que me entendam que posso sumir por tempos, mas nem por isso deixar de sentir, pensar, vibrar por você.
Tenho a nítida sensação que algumas pessoas acostumaram-se com a Annie que sempre adianta-se.
Aprendam que querer agradar a todos também cansa.
Não vou mais me vigiar nesse sentido.Eu vou sempre aonde o vento me leva, mas, não confudam, eu cuido sim, adoro cuidar.Mas, não sou Madre Teresa, longe disso.
Bom..não sei bem se me fiz explicar.Resumindo: Meus bons e queridos amigos...Sou de Lua, mas sou sempre eu.Nunca esqueçam disso.

domingo, 14 de setembro de 2008


Todas as pessoas têm tempos ruins. todas. e eu me incluo nesse todas.
Eu aguento os tempos ruins de todos. então não se façam de coitadinhos nos meus.

domingo, 7 de setembro de 2008

Sabe de uma coisa....


Definitivamente cheguei à conclusão que não tenho obrigação nenhuma de ser sempre a boazinha, a compreensiva, a que sempre espera, perdoa e tem a palavra amiga. À merda...Não tenho que me doar a quem não se doa a mim.Nem tenho que me sujeitar a me encaixar num padrão pré-estabelecido de "perfeição" criado por alguém que na maioria das vezes nem sabe direito onde está o Leste ou o Oeste.Chega!Cansei! Eu sou responsável por mim apenas, no máximo por minha filha.E ninguém é responsável por mim, se eu não me bloquear desses falsos Oásis no deserto, em pouco tempo não restará uma gota sequer de mim.Porque te sugam...Absorevem toda a seiva...uma coisa meio que com data de válidade, embora camuflada. Me recuso a aceitar a idéia de mudar minhas entre-linhas, pertencer a um padrão para encontrar o príncipe encatado que de tão encantado anda invisível por aí(isso foi meramente ilustrativo, não sonho com príncipes e sim com os números da mega-sena,rs). Tá..ok..brincadeira também!! Mas, é isso , hoje afirmo com convicção que minha felicidade conciste num futuro baseado no trabalho bem recompensado.A vida que quero ter para mim e para Claraluz. Minha filha, essa sim, uma princesa, minha felicidade e meu futuro iluminado. O que quero dizer é que chega de falsos políticos do coração, que se aproximam de você com a ânsia de uma pré -eleição e depois...bom vocês já sabem o que acontece depois.As boas e velhas desculpas de toda raposa velha da política. Elas são de uma criatividade sem igual. Sim! sei muito bem que o "problema" não é comigo, sou maravilhosa: Gostosa,cabeça,descolada e imperfeita também,mas mesmo nas minhas imperfeições sei para onde estou indo.Sei onde fica o Leste e o Oeste. Cuidado!Muito cuidado com os "políticos" demagogos, com vendedores porta a porta que vendem a felicidade eterna no brilho falso de seus "lindos" olhos. "Visão além do alcançe".O que vale mesmo é o que acontece da vida que fazemos acontecer, não o que nos empurram garganta a baixo só pelo prazer de nos ver preenchidas por eles. O que realemente vale somos nós, nosso pulsar mais profundo. Dançar até o dia amanhecer.Sentir o corpo ofegante, suado de tão vivo.O vento no cabelo, sussurrando no seu ouvido que eles ficam mais bonitos assim...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu...Balzaquiana!


Alguém me disse esses dias:"Uma mulher de 30 vive uma fase de transição, nem mulher, nem menina, com elementos da sonhadora dos 20 e a madura de 30".
Definição perfeita!!!!
Sou balzaquiana.Tenho 30 anos.
Diferente da maioria das mulheres, eu não escondo, não fico vermelha quando alguém pergunta minha idade.Pelo contrário, me sinto plena.

Sou plena, estou plena.
Minha pele é quente, minha imaginação é fértil, minhas vontades ousadas.
É engraçado...Quando temos 10 anos, nos imaginamos aos 15, quando chegamos aos 20 imaginamos que aos 30 já estaremos com nossa vida feita, realizada em todos os setores, as pessoas mais maduras e confiantes do mundo.Nem sempre é assim.
E no meu caso, nossa!! Quanta coisa aconteceu desde os 20...

Universidade, liberdade, independência, ter a profissão que sempre quis, jornalismo.O pátio da faculdade de comunicação, tantas caras, tantas histórias, amizades construídas.Meu primeiro porre, as lágrimas derramadas no ombro de uma amiga por alguém que já naquela época eu jurava ser "perfeito", "prá sempre"...agente jura fácil né?
Minha primeira tatuagem( e única), até agora...
Emprego, contas, responsabilidades.Morar sozinha.Mudança de cidade, volta.

Um casamento.Um filha. Uma separação. Uma vida!
E hoje, balzaquiana, mãe, mulher, menina. Ando sempre no limiar entre a realidade e o sonho.
A mesma Annie, a mesma Katharine, a mesma Annie Katharine. A alma continua intacta, apesar de...e sempre!Absorvo...e no final minha alma fica com o aspecto de uma armadura feita de retalhos coloridos.Pedaços de cada experiência vivida.
"Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone.." Canta Adriana Calcanhoto. É isso mesmo.Me pego rindo e chorando por motivos da menina Annie de 10 anos atrás.Mas, ao mesmo tempo assumo a postura de dona da minha vida, autora da minha história, responsável pelos próximos atos.
Hoje quero lapidar minha preciosidade.Afastar o nocivo.Planejar meus dias.
Ser a melhor mãe do mundo.
Talvez, seja necessário adormecer a menina que tanto pede colo e proteção..Que às vezes acorda demadrugada com medo, e sempre que isso acontece é a balzaquiana que amanhece. Tenho profundo orgulho em fazer minha história e apesar dos pesares...
Vale à pena ter 30 anos.

Vale à pena ser Annie.

Vale à pena ter uma louca, real e profunda VIDA.

domingo, 31 de agosto de 2008


Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Mas somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
E digo.
(Lulu Santos- Certas Coisas)

Efeito Domingo


Acho um pouco injusto, essa antipatia generalizada pelo domingo.Para mim o domingo é um dia de autocontemplação.Dia de família principalmente.Acho muito bacana quem tem a família grande poder reuni-la no almoço do domingo, barulho, conversas, crianças, cachorro,rrsrs....

Tenho feito um exercício de me despreender dos hábitos dominicais:"Bom dia!","vamo ver que filme?", sussurros, risos, gritos, pé, mão,pele,cozinhar, pânico, fantástico,rs, boa noite! Aconchego...

Não é nada fácil, os primeiros domingos são terríveis, temos a impressão que estamos presos dentro de uma sala escura, sem janelas e que levaram a chave,cortaram a luz, dramático?Pode ser...mas é assim mesmo.Aos poucos percebemos que o medo do escuro não vai nos ajudar a sairmos da sala e como não existe chance alguma de encontrarmos a chave, bolamos uma forma de abrirmos a porta.Concentração , para tirar o foco do medo.Tentamos, tentamos e um belo dia abrimos a porta, saimos.É tudo bonito, claro...

Bom, pode ser uma explicação "doida" para a falta dos "nossos" domingos. O certo é que pouco a pouco tudo volta a ter as cores de um domingo normal, amigos, almoço, tv, livro, internet, planos para a semana...E aos poucos tudo volta ao nosso normal, o despreendimento ajuda, o silêncio acelera...

Me vendo


Quero poder ser tudo e não ser nada...Quero as cores do meu dia centralizadas em tudo que vejo,em tudo q realizo,em tudo que acredito.Sendo eu,sou muitas..colorida ou em preto branco..A força do meu respirar,me diz que é hora de viver..Desperta Annie..O mundo te espera..e tão divertido,participar do jogo de estar viva.