terça-feira, 25 de novembro de 2008




"Só quero manter minha cabeça levantada,não me importei com o que tenho que ultrapassar.
Estou preparado pra te olhar nos olhos.
Me olhe nos olhos.
E se você não ver familiaridade
Então celebre a contradição
Quando eu cair, me ajude a
Andar sem medo
Segure meu amor ou me deixe "alto"..."

REM

domingo, 16 de novembro de 2008


Mas do que olhar, importa reparar no outro.Só dessa forma o homem se humaniza novamente.Foi isso o que de primordial ficou em mim depois de assistir ao filme Ensaio sobre a Cegueira do diretor brasileiro Fernando Meirelles que adpatou com maestria o livro com o mesmo nome do escritor português José Saramago.
Começar a semana com uma visão tão clara e lúcida do que se esconde das vistas cotidianas...A fragilidade do ser humano diante da limitação.Não existem vilões, existe o ser humano, o que tem de mais forte e frágil dentro dele é colocado para fora...Sobreviver,co-existir dentro de um mundo paralelo.
Tudo no filme é demasiado humano. Cenas fortes. A sala de cinema escura, em silêncio, tenho a impressão que durante a execução do filme, não nos sentimos como meros expectadores, e sim olhos e ouvidos da mesma essência dqueles mostrados no filme.
Fico cá comigo pensando em como nos sintonizamos a alguém pelos olhos, pelas sensações externas que nos levam a "conhecer" e gostar de alguém.
Saramago relata situações em que é preciso mais do que olhar p alguém...É preciso reparar no que os olhos não podêm ver, a beleza do que se é transmitido.Não é clichê. É real.
Recomendo ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA para ser visto, lido e sentido.
A arte pode nos apontar uma resposta para desvendarmos nós mesmos.